O medicamento Nimesulida, amplamente utilizado para tratar dores, febre e inflamações, pode representar um grande perigo para a saúde, especialmente do fígado. Apesar de ser uma opção comum, este remédio apresenta uma longa lista de efeitos colaterais, incluindo problemas hepáticos graves.
Segundo o médico hepatologista Rogério Alves, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, “todo anti-inflamatório pode causar hepatite medicamentosa, ou seja, o medicamento é hepatotóxico”. Ele alerta que “não há como prever quem irá apresentar este problema” e que “o medicamento pode dar úlcera e prejudicar o rim mesmo em doses independentes, já para o fígado a reação grave pode ocorrer em quem toma um número maior de doses”.
Os riscos associados ao Nimesulida são tão sérios que alguns países, como Estados Unidos, Espanha, Finlândia e Austrália, já suspenderam a permissão de venda deste remédio. No Brasil, a Anvisa, embora ainda autorize sua comercialização, emite alertas sobre os efeitos colaterais.
Um dos principais problemas é que, no início, os danos ao fígado causados pelo Nimesulida não apresentam sintomas, mascarando o agravamento do quadro. Pessoas que fazem uso do medicamento e têm alguma alteração hepática prévia correm risco ainda maior de sofrer uma lesão aguda no fígado, podendo até chegar a sangramentos.
Diante desses riscos, o ideal é que os pacientes que necessitam de tratamento para dores, febre e inflamações conversem com seus médicos sobre a possibilidade de substituir o Nimesulida por outro medicamento que não esteja com a venda proibida em outros países. A automedicação deve ser evitada, pois pode levar a danos irreversíveis à saúde.
O cuidado com a utilização correta de medicamentos é essencial para preservar a integridade do organismo, especialmente do fígado, que desempenha funções vitais. Esse alerta sobre os perigos do Nimesulida serve para que todas as pessoas fiquem atentas aos riscos da automedicação e priorizem a orientação médica na escolha do tratamento mais adequado.