O bicho-de-pé, também conhecido como tungíase ou bicho-do-cupim, é uma infecção cutânea causada pela penetração da fêmea da pulga-da-areia (Tunga penetrans) na pele humana. Esse parasita é comum em áreas tropicais e subtropicais, onde condições climáticas quentes e úmidas favorecem sua proliferação.
O ciclo de vida do bicho-de-pé começa quando a fêmea da pulga-da-areia, após fecundação, penetra na pele humana, geralmente em áreas expostas, como pés descalços. Ela então se enterra na camada superior da pele, onde deposita seus ovos e continua a se alimentar de sangue humano para nutrir seus filhotes.
Uma vez dentro da pele, o parasita causa irritação, coceira e inflamação localizada. Com o tempo, pode-se formar uma pápula (pequena protuberância) avermelhada, que pode evoluir para uma lesão mais evidente, com uma pequena abertura no centro, por onde a pulga-da-areia respira e elimina resíduos.
Se não for tratada adequadamente, a tungíase pode causar complicações, como infecções secundárias, ulcerações e até mesmo a formação de abcessos. Além disso, a presença do parasita na pele pode levar a sintomas sistêmicos, como febre, mal-estar e dor localizada.
O tratamento para o bicho-de-pé geralmente envolve a remoção mecânica do parasita, utilizando-se uma agulha esterilizada para extrair a pulga-da-areia da pele. Em casos mais graves ou complicados, pode ser necessária a administração de medicamentos tópicos ou orais para tratar infecções secundárias ou controlar a inflamação.
Para prevenir a tungíase, é importante evitar andar descalço em áreas onde o parasita é comum, como praias, campos e áreas rurais. O uso de calçados fechados e roupas que cubram completamente o corpo também pode ajudar a reduzir o risco de infecção. Além disso, a aplicação de repelentes de insetos na pele exposta pode ajudar a afastar as pulgas-da-areia.